sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Quinto Império: universalismo e multiculturalismo

Publicado por Clavis Prophetarum em 2005/08/14

O conceito de Quinto Império não radica o seu significado naquilo que simboliza a palavra latina “imperium”, tida como símbolo da capacidade militar de impôr uma determinada vontade a um conjunto alargado de povos. Essa é a visão tardo-romana do destino de Roma, mas não é a do fundador do Império, Octavio/Augusto nem é a visão sobre a qual assenta a ideia de um “Quinto Império”.

Porquê, “Quinto”? Se haverá um Quinto Império, quais foram os quatro precedentes? Existem diversas listas, divergindo todas elas num ou noutro ponto. Uma das listas mais comuns seria esta: Assíria, Babilónia, Roma e Macedónia. Sendo judaica a primeira referência aos Quatro Impérios, a lista pressupõe naturalmente a aparição de um quinto, que seria judaico, naturalmente, e de âmbito universal. E foi precisamente aqui que se encontrava a semente para a sua não concretização. É que o conceito de “império universal” só é compatível com a noção de universalismo e multiculturalismo que os judeus – devido às suas constantes guerras de sobrevivência – não puderam conceber, sendo ainda hoje uma das culturas mais autocentradas e intolerantes que se conheçe. Não é concebível a existência de um império universal sem a existência de uma regra de tolerância e multiculturalismo, um vez que nenhum Estado ou Nação é capaz de reunir forças militares ou económicas suficientes e por tempo suficiente para suster um império universal. Foi esse o erro da maioria dos fundadores de impérios do passado, desde Roma a Átila, e desde Vitória a Bush. Confundir universalismo com predomínio do Um sobre Todos é arrastar o império para o seu reino das possibilidades perdidas. Foi esse o erro dos impérios do passado e será este o oposto prometido pelo Quinto Império de Bandarra, Vieira e Agostinho.

Dito isto, o “Quinto Império” é tanto mais puro quanto menos português fôr. E tanto mais real, quanto maior fôr o espírito de tolerância e multiculturalismo, inatos, mas adormecidos no seio da Alma Portuguesa.

D. SEBASTIÃO, Rei de Portugal


Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?


Fernando Pessoa, in Mensagem

D. SEBASTIÃO Rei de Portugal



Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa, in Mensagem

sábado, 23 de maio de 2009

Alimentação saudável

Peixe Terra e Mar

Ingredientes para 4 pessoas

Pargo – 2 ou 3 consoante o tamanho

Batatas
Azeite
½ pimento vermelho
½ pimento amarelo
½ pimento verde
½ Courgete
3 Cenouras
1 Cebola média
6 Dentes de alho
1Colher de sopa de alga Dulse em pedacinhos
1Colher de sopa de alga Nori em pedacinhos
1Colher de sopa de alga Alface do Mar em pedacinhos
1 Raminho de coentros
Hortelã, uma ponta
1 Colher de café de Manjerona
1 Colher de café de Tomilho
1 Colher de café de Salva
1 Colher de café de Segurelha
Menos que ¼ de copo de vinho de Favaios
Sal integral

Confecção

1- Estufado de legumes

Cobrir bem o fundo de um tacho com azeite. Juntar ½ cebola cortada fina, 3 alhos picados e deixar refugar até a cebola ficar transparente. Juntar 2 cenouras cortadas em palitos finos e a courgete cortada em cubos pequenos. Deixar estufar um pouco. Juntar o alho francês em rodelas finas. Deixar suar. Acrescentar então as ervas aromáticas – coentros, hortelã, manjerona, tomilho, e regar com o vinho de Favaios. Temperar com sal integral. Deixar cozinhar só os minutos necessários para que todos os legumes fiquem estaladiços.

2- Estufar o Peixe

Num tacho largo e baixo refugar o azeite com a ½ cebola e 3 dentes de alho picado. Juntar os pedacinhos das algas Dulse, Nori e Alface do Mar, a salva, a segurelha a cenoura raspada e o pimento. Deixar estufar 2 ou 3 minutos. Colocar os peixes sobre esta cama e faça levantar fervura. Reduza então a intensidade de calor e deixe estufar em lume muito brando durante cerca de ½ hora.

3- Batatas

Coza as batatas cortadas em cubos médios sem permitir que se desfaçam. Escorra a água e deixe o tacho sobre o lume uns segundos para secarem bem. Depois, saltei-as rapidamente em azeite bem quente e polvilhe-as com orégãos.

Coloque na travessa de serviço o peixe acompanhado com o molho de algas. Em pratos separados sirva o estufado de legumes e as batatas salteadas.

Comentário Nutricional

Esta extraordinária receita alia as características da Dieta Mediterrânea à mais-valia das algas.

Azeite, peixe, legumes, vinho, ervas aromáticas, são alimentos nobres na saudável alimentação da bacia do Mediterrâneo.

As ervas aromáticas usadas generosamente oferecem em sinergia os benefícios dos seus abundantes fitonutrientes, realçam o sabor e previnem excesso de sal, que sendo integral é muito menos nocivo e mais rico em minerais.


O peixe é estufado a baixas temperaturas evitando assim a alteração da sua gordura rica em ácidos gordos Ómega 3. Toda a gordura do peixe e os minerais, as vitaminas e os fitonutrinetes das algas e legumes ficam no molho que é totalmente aproveitado.

Tai Shi Chuan


http://www.kungfusga.com.br/images/Taichiwushu1.jpg










O Tai Chi Chuan é uma arte marcial bem conhecida, originada na China por volta do ano 1200. Tai Chi é um conjunto de práticas complexas nas quais esteve envolvido o estudo e observação do monge Taoísta Chang San-feng. Este fundou um templo na Montanha Wu-tang, para a prática do Taoísmo, visando o supremo desenvolvimento da vida humana, com bases na harmonia do Yin/Yang que procura equilibrar e melhorar o desenvolvimento da mente e da habilidade física.

Na época da sua origem, o Tai Chi teria sido criado com propósitos de combate como uma arte marcial para o desenvolvimento interno e externo. No entanto, com o passar dos séculos, o uso como forma de combate foi diminuindo, colocando-se ênfase nas propriedades terapêuticas e relaxantes que a prática desta arte proporcionava. A própria palavra Tai Chi é traduzida em “o supremo”, ou seja, significa melhorar e progredir em direcção ao ilimitado, existência imensa e o grande eterno.

A arte permaneceu praticamente intacta graças ao estilo de vida que tanto os praticantes como os mestres levavam. Estes permaneciam nas montanhas, onde levavam uma vida monástica, praticando e meditando diariamente de modo a elevarem o espírito. Para se praticar esta arte era necessário um grande esforço e dedicação, bem como concentração, de modo a atingir um qualquer nível de evolução desta arte.

Esta tradição teve uma grande importância no papel de transmissão dos conhecimentos e sabedorias que o Tai Chi propiciava à sociedade. Teve, também, uma grande importância no poder de influência imenso sobre todas as classes sociais. Suportado pelos seus seguidores e mestres, o templo do estilo Tai Chi adquiriu uma forte imagem no qual o este seria a suprema arte da Vida, resultando numa identificação dos Mestres desta arte como símbolos de sabedoria.

Os mestres eram respeitados pela prática de justiça, caridade, educação e artes de medicina, sendo que os seguidores desta arte acreditavam que o povo deveria procurar ser espiritual, boa pessoa, inteligente e saudável. Deveriam ser também responsáveis e auxiliar os outros a atingirem níveis mais elevados de desenvolvimento e levar uma vida honesta, amando a verdade, lutando contra a imoralidade e a injustiça, protegendo os necessitados. Foi através destes ideais que a arte tomou a forma que conhecemos, desenvolvendo-se.

Tai Chi é, primeiramente, um modo de vida praticado pelos Chineses há já alguns séculos. Observando o curso da história mundial podemos revelar ciclos nos quais o desenvolvimento era ou enfatizado ou ignorado. Quando enfatizado, seriam criadas civilizações fortes e criativas e essa civilização progredia tornando o povo espiritual. Estes procurariam um perfeccionismo inexistente, levando-os a cometerem erros.

O mesmo idealismo emergiu, há já alguns séculos, na China, onde os Chineses deste período procuravam por uma forma de vida superior, no seu aspecto mental e físico. Atingiram o seu objectivo, no qual separaram o corpo da mente e permitiam o desenvolvimento espiritual apenas em termos de
religião e êxtase místico. Os Chineses identificaram a mente humana como algo de dimensões ilimitadas. A sua meta era a criação de uma filosofia de vida unificada e uma simplificação das crenças, tornando-se este o nascimento do pensamento Tai Chi. Este tornou-se o poder invisível que guiou os movimentos da história chinesa por milhares de anos. Deu-se um tremendo crescimento desta fabulosa cultura, mostrando a sua influência em áreas desde a medicina até à dietética, das artes à economia.

Todas as influencia que o Tai Chi promoveu foram guiadas pela teoria do Yin/Yang, denominados pelo seuhttp://dclips.fundraw.com/zobo500dir/Stellaris_Yin_Yang.jpg princípio original. Do ponto de vista desta teoria, é a inter-relação de forças construtivas ou destrutivas que faz com que a essência da vida se materialize, que o mundo material se manifeste e os movimentos espiralados destas forças parecem infinitos. Os Chineses há muito compreenderam que os dois poderes elementares do Tai Chi devem interagir e que o resultado harmonioso pode trazer progressos e desenvolvimentos ilimitados. Ainda assim, o seu conhecimento foi mal utilizado, comparado com a utilização dada pelos Ocidentais. Enquanto o povo Ocidental se liberta das sombras do idealismo religioso e cria a oportunidade de experimentar as realidades dos princípios do Tai Chi, os Chineses ainda não foram capazes de liberar-se da poluição mental da sua própria influência cultural, já que, no início, esta arte era mal interpretada e ignorada, seguindo-se centenas de anos de Idades Negras, durante as quais o desenvolvimento das relações humanas e o poder político se tornaram muito inferiores.

Em suma, e de acordo a teoria do Tai Chi, as habilidades do corpo humano são capazes de ser desenvolvidas para além de seu potencial, encorajando o preenchimento individual da pessoa. A civilização pode evoluir aos mais altos níveis de aquisição. A criatividade não tem fronteiras de qualquer tipo e a mente humana não deve ter restrições ou barreiras para desenvolver suas capacidades.

O Tai Chi é, hoje em dia, praticado por várias pessoas em todo o Mundo como forma de equilibrar o corpo, a mente e o espírito, introduzindo-se assim a função terapêutica do Tai Chi, contrariando, de certa forma, as suas origens de combate.

Actualmente a necessidade de actividades que visem a integração dos aspectos físicos, psicológicos, mentais e espirituais do ser humano é cada vez mais comprovada. O Tai Chi veio revolucionar os exercícios que relacionam estas facetas e necessidades humanas, sendo um modo efectivo de auto-conhecimento e auto-cultivo, mantendo-se o equilíbrio do físico com o psíquico do homem, promovendo assim a sua integração com a natureza.

Os movimentos dos exercícios são fluidos, circulares e lentos. Vão resultar num cultivo da flexibilidade e no relaxamento harmonioso dentro do movimento. A primeira proposição é a integração do indivíduo com ele mesmo sendo a segunda, a integração do indivíduo com o Universo. Os seus movimentos suaves e lentos preservam a saúde do corpo físico e a busca da Serenidade cultiva o Espírito, restabelecendo a saúde e possibilitando a longevidade. Com a prática contínua ocorre um aumento da vitalidade, o fortalecimento do sistema nervoso, uma normalização da produção hormonal, um equilíbrio de todos os sistemas orgânicos do corpo, diminuição do stress, fortalecimento da musculatura e flexibilização das articulações, equilíbrio da pressão arterial, aumento da capacidade respiratória, desenvolvimento da concentração e coordenação motora, equilíbrio emocional, fortalecimento das habilidades físicas, discernimento para as correctas relações humanas e muitos outros benefícios já comprovados.

Em suma, é uma técnica específica para a obtenção de estados mentais serenos, que ajudam na prevenção e na cura de doenças.

Tantsu



Tocar com suavidade e profundamente o corpo e a mente de quem é manipulado, com pressões, alongamentos, toques sutis e energéticos, este é o tantsu. O terapeuta quase não utiliza a força das costumeiras massagens e obtém um resultado de relaxamento tão profundo quanto as tradicionais técnicas de terapias corporais.

Tantsu foi criado por Harold Dull, um professor de Shiatsu do norte da Califórnia, Estados Unidos, que também criou o Watsu. O Shiatsu na água.

Harold estudou e vivenciou o caminho que a energia percorre em nosso corpo e detalhadamente elaborou uma forma de trabalhar que, não necessita de tanto esforço físico por parte do terapeuta.

No Brasil poucas pessoas se dedicam a aprender e a fazer este trabalho devido a falta de conhecimento de sua existência. Tenho trabalhado com pacientes acometidos de AVC (acidente vascular cerebral) "derrame", PC (paralisia cerebral) e tido bons resultados.

O resultado em clientes que não são acometidos de nenhuma patologia específica,que recebem somente com o intuito de relaxamento é ainda mais potencializado.

O que acho interessante no Tantsu é que trabalhamos apenas um dos lados e o efeito se dá em todo o corpo. No caso do AVC espástico, executamos apenas no hemisfério acometido.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Celtas



A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.

A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.

Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.

A Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.

Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.

Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).

Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...

Os Celtas dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.

Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.

A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.

Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.

Relativamente ao nome BRASIL...Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande" segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli...

Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o "descobrimento" oficial a tal Insulla Brazil...

É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.

E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).

Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.

E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito. Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...

Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.

Inglaterra, Escócia e Irlanda

O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.

A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.

Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.

Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.

Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:

Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;

Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;

Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;

Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.

Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.

Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.

Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.

A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.

O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.

Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.

Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.

A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.

Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.

Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.

Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios).

Por isto, e por outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.

Existiam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.

Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias sagradas.
Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.

Eis-nos retornando à essência feminina... Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres, sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram essa Mensagem tornando-se Voluspas. Leitora do Oráculo e seu eco místico, a Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa: a voz da Voluspa era a voz Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.

Verifica-se que a Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal. Isso passou, aos poucos, para a vida social. O que ainda é, hoje, visível em determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer: da Cultura.

Forte, o Oráculo da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando Civilização... E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à outra dissidência: um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias leis - as Amazonas. Na concepção d'olivetiana, a palavra compõe-se do radical mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne significa as-que-não-têm-macho.

Ora, nesta estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997 falar d'as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da extraordinária contribuição dos estudos d'olivetianos sobre esse povo. Em 1997 foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas...A pesquisa arqueológica - neste caso como no caso d'os manuscritos do mar morto - é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial...! Foi feita homenagem a D'Olivet.

Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.

O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge (veja link).

Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.

Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais sagradas.

A realização das cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.

Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".

Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.

É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José Laércio do Egito.

Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.




Yin Yang


Tudo o que nos rodeia e influencia as nossas vidas é composto por duas forças opostas e complementares

Uma não existe sem a outra e a sua avaliação é sempre comparativa.

A essas forças damos o nome de Yin e de Yang e podemos caracterizá-las da seguinte maneira:

YIN

Negro
Passivo
Sensibilidade
Feminino
Espaço
Frio
Húmido
Sombra
Mole
Interior
Inferior
Noite
Inverno
Negativo
Terra
Matéria

YANG

Branco
Activo
Força
Masculino
Tempo
Quente
Seco
Luz
Duro
Exterior
Superior
Dia
Verão
Positivo
Céu
Energia

Este quadro apresenta apenas alguns exemplos, mas que nos permitem perceber o principal sentido de cada uma destas forças.

Pela observação dos ciclos naturais constatou-se a alternância yin-yang (depois da noite chega o dia, depois do frio vem o calor, para haver terra temos de ter céu, para espaço temos o tempo).

Todas as coisas acontecem, crescem e desenvolvem-se expressando as eternas trocas de yin-yang. Na física estudamos que para cada acção vamos ter uma reacção, e aqui chamamos-lhes a dinâmica yin-yang que promove a evolução através de constantes processos de mudança, onde nada existe em separado e tudo tem o outro lado (a reacção).

Sabe-se também que nada é totalmente yin ou totalmente yang uma vez que uma das forças transforma-se na outra constantemente. A proporção de 50% yin e 50% yang também não existe uma vez que isso implicaria um sistema estático e como tal sem vida.

Normalmente é a seguir ao máximo de yin que se começa a produzir yang e vice-versa: depois do máximo de frio do inverno começamos a receber o início do calor da primavera. A seguir a um grande febrão sentimos a temperatura a baixar e temos calafrios. Mas a febre e o calor sentido podem também ser reacção a uma chuvada ou frio que apanhámos.

Do ponto de vista do feng shui consideramos que ambientes muito yin (escuros, frios e estagnados) provocam tristeza, depressão e gripes. Por sua vez, ambientes muito yang (muito iluminados, secos e muito rápidos) levam a situações de stress, irritação e dores de cabeça.

Texto de: Alexandre Saldanha da Gama | Site: Fluir

Mar Português


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa, in Mensagem